Outra novidade agradável é a
chegada no mercado da Editora Dubolsinho. Como o próprio
nome indica, ela se destina ao público infantojuvenil.
Formada, dirigida e mantida por escritores, ilustradores
e pessoas que gostam de ler, escrever e desenhar. E como
a última capa dos seus livros esclarece, seu objetivo
principal é editar bons livros de literatura para essa
faixa etária.
O Rei dos Pássaros, O
Inventor do Xadrez e o Gato no Mato, todos idealizados e
ilustrados pelo escritor e artista gráfico Sebastião
Nuvens, comprovam o objetivo da Dubolsinho. Eles são
atraentes aos olhos e à mente de quem põe as mãos em
qualquer dos títulos citados. Artisticamente arrojados,
com capas impecáveis, é difícil passar a vista por um
exemplar e não ter vontade de abri-lo e ver de perto do
que se trata.
Impresso em papel encorpado, seus projetos gráficos chamam a atenção pela criatividade e beleza das cores. O Rei dos Pássaros, em particular, é dono de uma plasticidade sem tamanho. Todo o livro vem recheado de desenhos de penas, com diferentes matizes de cores e formas, dando uma ideia quase que real da textura dos fios que as compõem.
O tema em si é instigante. Nasceu do resumo do poema oriental Diálogo dos pássaros, escrito no século 12 pelo poeta Farid ud-Din Attar, compactado por Jorge Luís Borges em Nueva Antologia Personal (EMECÉ Editores, Buenos Aires, 1968). “Sem esse denso e profundo resumo, eu jamais teria tentado recriar a grandiosidade do texto original”, revela Nuvens, que na realidade é Nunes. Com pitadas simplificadas de sabedoria oriental, a história conta a jornada que milhares e milhares de pássaros de todas espécies conhecidas do planeta fizeram em busca do seu rei.
Gato no Mato não traz vôos aventureiros, e, sim, felinos numa progressão matemática espantosa. A linguagem é alegre e despretensiosa. Faz o gênero de quem está começando a desvendar os segredos das letras e do método de adição. A parte gráfica é impecável. O mesmo pode ser dito do Inventor do Xadrez. Pensado para leitores que já dominam fluentemente a leitura, o autor usa uma linguagem ágil e engraçada. Ele lançou mão de uma das lendas que falam da criação do xadrez e a atualizou de maneira inteligente e divertida.
Em qualquer das investidas, Sebastião Nuvens soube conduzir com maestria a narrativa. Publicitário, poeta com 10 títulos publicados, atualmente se ocupa a escrever, ilustrar, diagramar e editar. Suas filhas Teresa e Alice, na época com 10 e 5 anos, foram o empurrão que faltava para que se enveredasse pela literatura infanto-juvenil. Em 1999, três anos depois de iniciada esta incursão, dada a dificuldade em publicar seus livros, juntou-se com um grupo de autores, ilustradores e amigos e fundou a Editora Dubolsinho.
Impresso em papel encorpado, seus projetos gráficos chamam a atenção pela criatividade e beleza das cores. O Rei dos Pássaros, em particular, é dono de uma plasticidade sem tamanho. Todo o livro vem recheado de desenhos de penas, com diferentes matizes de cores e formas, dando uma ideia quase que real da textura dos fios que as compõem.
O tema em si é instigante. Nasceu do resumo do poema oriental Diálogo dos pássaros, escrito no século 12 pelo poeta Farid ud-Din Attar, compactado por Jorge Luís Borges em Nueva Antologia Personal (EMECÉ Editores, Buenos Aires, 1968). “Sem esse denso e profundo resumo, eu jamais teria tentado recriar a grandiosidade do texto original”, revela Nuvens, que na realidade é Nunes. Com pitadas simplificadas de sabedoria oriental, a história conta a jornada que milhares e milhares de pássaros de todas espécies conhecidas do planeta fizeram em busca do seu rei.
Gato no Mato não traz vôos aventureiros, e, sim, felinos numa progressão matemática espantosa. A linguagem é alegre e despretensiosa. Faz o gênero de quem está começando a desvendar os segredos das letras e do método de adição. A parte gráfica é impecável. O mesmo pode ser dito do Inventor do Xadrez. Pensado para leitores que já dominam fluentemente a leitura, o autor usa uma linguagem ágil e engraçada. Ele lançou mão de uma das lendas que falam da criação do xadrez e a atualizou de maneira inteligente e divertida.
Em qualquer das investidas, Sebastião Nuvens soube conduzir com maestria a narrativa. Publicitário, poeta com 10 títulos publicados, atualmente se ocupa a escrever, ilustrar, diagramar e editar. Suas filhas Teresa e Alice, na época com 10 e 5 anos, foram o empurrão que faltava para que se enveredasse pela literatura infanto-juvenil. Em 1999, três anos depois de iniciada esta incursão, dada a dificuldade em publicar seus livros, juntou-se com um grupo de autores, ilustradores e amigos e fundou a Editora Dubolsinho.
Fonte: JC Online - Caderno C - http://www2.uol.com.br/JC/_2000/2304/cc2304d.htm#top
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